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20 de Abril de 2024

FGTS: Projeto altera regras de correção e beneficiará o trabalhador brasileiro

A motivação: não é justo a poupança do trabalhador ser remunerada em condições inferiores à correção da caderneta de poupança

Publicado por Fátima Burégio
há 9 anos

Projeto de lei que muda as regras de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi protocolado hoje (5) na Câmara dos Deputados. A proposta deverá ter uma tramitação rápida devido à importância do assunto, segundo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O projeto foi apresentado pelo presidente do SD, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), e pelos líderes do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e do DEM, Mendonça Filho (PE).

De acordo com o projeto, os depósitos do FGTS feitos a partir de 1º de janeiro de 2016 deverão ser remunerados com as mesmas taxas da caderneta de poupança, ou seja, a Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês. "Atualmente, há uma injustiça que precisa ser corrigida. Essa poupança não atinge seu objetivo se não tem uma correção pela inflação", disse Cunha. Em relação aos depósitos já existentes, a correção continuará obedecendo às regras atuais, ou seja, 3% ao ano mais a TR.

O presidente da Câmara, que acompanhou a apresentação do projeto, disse que o requerimento para votação da proposta em regime de urgência deverá ser apreciado esta semana pelo plenário para que, na semana que vem, com a pauta destrancada, possa ser aprovado o mérito do projeto a fim de que seja encaminhado para análise do Senado.

Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, o projeto corrige uma distorção histórica. “Os programas do governo, que usam o dinheiro do FGTS, cobram taxas de juros de mais de 6%. Ou seja: o governo ganha duas vezes em cima do dinheiro do trabalhador”, disse.

Paulo Pereira ressaltou ainda que existem milhões de ações na Justiça que pedem a correção dos depósitos do FGTS nos mesmos percentuais da poupança. Ele informou que seu partido ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a correção do FGTS por índices inferiores ao da inflação.

Na justificativa do projeto, os autores argumentam que é necessário estabelecer um critério correto em que o trabalhador tenha, nos depósitos do FGTS, uma formação de poupança para a sua aposentadoria, além de uma reserva, no caso de perda de emprego. “Assim sendo, não é justo a poupança do trabalhador ser remunerada em condições inferiores à correção da caderneta de poupança”.

Por Agência Brasil

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2 Comentários

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Parece uma boa notícia (para o trabalhador, ex nunc, não para os direitos pretéritos, porque o STF tenderá mais ainda a dizer que o assunto é de lege ferenda) . Certamente é relevante no tabuleiro da revisional, de uma forma que ainda não estou bem certo. Com certeza não é nada pra sair comemorando e elogiando este ou aquele político.

Só fico com uma dúvida: porque não pensaram, ou melhor, porque não fizeram (porque pensar devem ter pensado, ou não?) isso antes?

E faltou ainda a proposta prever uma compensação por esses 16 anos de apropriação indébita, o que certamente seria possível, ainda que a longo prazo, se houvesse boa vontade política. continuar lendo